Joesley admite propinas

Em vídeo divulgado pelo G1, Joesley Batista admitiu que pagou cerca de R$ 400 milhões em propina a políticos, em casos que começaram com intervenções na diretoria do BNDES a partir de 2004 e, com o tempo, passaram a bancar campanhas eleitorais. Segundo Batista, esse valor se tratava de propina disfarçada de doação política. "Tem pagamento via oficial, caixa 1, via campanha política; tem via caixa 2; tem via dinheiro em espécie", disse Joesley em seu acordo de delação premiada decorrente das operações da Polícia Federal e investigações do Ministério Público Federal.

Propinas a 1829 candidatos

Ricardo Saud, ex-diretor de Relações Institucionais da J&F Investimentos, controladora da JBS, admitiu que a empresa "doou propinas" a 1.829 candidatos de 28 partidos diferentes, conforme vídeo divulgado pelo Valor Econômico. Segundo seu depoimento na delação premiada, feita na Operação Lava Jato, as doações ilícitas somaram quase R$ 600 milhões, a maior parte em troca de benefícios no setor público. "Tirando esses R$ 10, R$ 15 milhões aqui, o resto tudo é propina. Tudo tem ato de ofício, tudo tem promessa, tudo tem alguma coisa", afirmou Saud.

By |2025-04-26T08:15:42-03:0019/05/2017|Problemas de governança do grupo|0 Comments

Operação Patmos

A Polícia Federal prendeu Andrea Neves, irmã e assessora do ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves, na Operação Patmos, conforme noticiado pelo G1. Segundo as investigações, ela teria pedido dinheiro a Joesley Batista em nome do irmão, para custear sua defesa milionária nas acusações da Operação Lava Jato. A apuração teve origem na delação premiada de Joesley, em que ele afirmava que Aécio havia solicitado R$ 2 milhões.

Joesley Day

A divulgação de gravações de Joesley Batista envolvendo o então presidente Michel Temer desencadeou uma crise política e uma forte queda na Bolsa de Valores, episódio que ficou conhecido como “Joesley Day”. Segundo as gravações, divulgadas pelo site do jornal O Globo, faziam parte de um acordo de delação premiada da Operação Lava Jato. Joesley e seu irmão, Wesley Batista, admitiram ter subornado quase 2 mil políticos e confessaram esquemas de corrupção, incluindo o pagamento de propinas no BNDES e influência sobre operações da Caixa Econômica Federal. Com a delação, que previa o pagamento de R$ 10,3 bilhões em 25 anos, ambos evitaram penas graves. Em 2023, o ministro Dias Toffoli suspendeu os pagamentos que ainda deveriam ser feitos pela empresa.

Operação Bullish

A Operação Bullish, da Polícia Federal, apontou irregularidades nas operações feitas pelo BNDES durante a aquisição pela JBS da empresa norte-americana Pilgrim’s Pride e a incorporação do frigorífico Bertin, da Swift Argentina e Swift EUA e da National Beef e Smithfield. A investigação, conforme noticiado pelo MPF, apontava que a JBS havia conseguido os recursos públicos com mais facilidade após contratar consultorias ligadas ao ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, em um esquema que envolveria também os funcionários do banco. Em Dezembro 2019, o MPF pediu a reparação do dano causado pela JBS e os funcionários do banco ao BNDES, em um montante que ultrapassa 21 bilhões de reais. Em 2024, o Tribunal de Contas da União apontou que não havia indícios de irregularidades na atuação do banco.

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Operação Carne Fraca

A JBS e outras empresas do setor foram investigadas por um esquema de suborno a fiscais de frigoríficos dentro da Operação Carne Fraca da polícia federal. O arranjo permitia a venda de carne podre e a falsificação de documentos de exportação, além de causar falhas deliberadas na inspeção de plantas frigoríficas. As acusações contra os frigoríficos incluíam o uso de produtos químicos para disfarçar carne estragada, o que levou a uma série de suspensões de exportação da carne brasileira para diferentes países.

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Operação Cui Bono

A Operação Cui Bono, da Polícia Federal, investigou empréstimos concedidos pela Caixa Econômica Federal a diversas empresas, incluindo a Eldorado Celulose, da J&F Investimentos, controladora da JBS. Segundo o Ministério Público Federal, um grupo de políticos liberava créditos da Caixa em troca de propina paga pelas empresas beneficiadas. Entre os facilitadores da J&F estariam o ex-ministro Geddel Vieira Lima e o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha.

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