Segundo notícia do OGlobo, a Pilgrim's Pride, empresa da JBS, foi revelada como sendo o maior doadora para a posse do Presidente Trump numa recente prestação de contas, com uma doação de 5 milhões de dólares - mais do que qualquer outra empresa, incluindo grandes empresas tecnológicas e financeiras. A ONG Mighty Earth reportou que a notícia foi divulgada poucos dias antes de a JBS ter confirmado que a SEC dos EUA tinha validado a sua proposta de cotar as ações na NYSE, apesar de as ONGs terem alertado os investidores para o fato de a nova estrutura da empresa passar 85% do controle dos votos para a família Batista, limitando seriamente as oportunidades de os acionistas minoritários dirigirem a empresa, incluindo em matéria de ESG.

A Pilgrim’s Pride, subsidiária da JBS nos Estados Unidos, conforme descrito em acordo, concordou em pagar US$ 41,5 milhões para encerrar uma ação coletiva de investidores que a acusavam de inflar artificialmente o preço de suas ações com declarações enganosas. Os acionistas acusaram a empresa de ocultar um esquema generalizado de fixação de preços para cobrar valores artificialmente elevados pelo frango.

Segundo noticiado pela Reuters, a rede de fast food McDonald’s processou a JBS, a Tyson Foods e outras empresas líderes no setor de processamento e embalagem de carne. De acordo com a acusação, as empresas teriam se organizado durante anos para restringir a oferta de carne no mercado, elevando artificialmente os preços praticados. A ação tramita em um tribunal federal dos Estados Unidos.

Conforme divulgado na Bloomberg Law, a JBS foi alvo de uma ação coletiva proposta por funcionários negros, alegando discriminação racial em uma planta frigorífica da empresa em Souderton, Pensilvânia, nos Estados Unidos. Segundo descrito na ação, os treze funcionários afirmam que foram alvo de insultos raciais por parte de gerentes e colegas, impedidos de serem promovidos, tiveram aumentos de salários negados, além de serem forçados a trabalhar em áreas do frigorífico com salários mais baixos.

Segundo noticiado pelo Departamento do Trabalho dos Estados Unidos, uma empresa terceirizada que presta serviços de limpeza para a JBS, empregou pelo menos 31 crianças, com idades entre 13 e 17 anos, para realizar atividades perigosas, tais como a limpeza de equipamentos motorizados de alto risco durante turnos noturnos, em treze unidades de processamento de carne localizadas em oito estados nos Estados Unidos. O caso foi encerrado com o pagamento de 1,5 milhões de dólares pela empresa terceirizada, a Packers Sanitation Services Inc.

A Pilgrim’s Pride, subsidiária da JBS nos Estados Unidos, declarou-se culpada e foi condenada a pagar multas por sua participação em um esquema de fixação de preços e manipulação de licitações para a venda de produtos de frango, segundo o Departamento de Justiça dos Estados Unidos. O caso foi encerrado em 2025 com o pagamento de uma multa reduzida, no valor de 41 milhões de dólares.