Operação Lama Asfáltica

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou Joesley e Wesley Batista por um esquema de corrupção envolvendo o governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja. Segundo o MPF, a JBS teria pago R$ 67 milhões em propina a Azambuja e a outros denunciados, em troca de isenções fiscais e outros benefícios ao grupo empresarial. As provas foram obtidas na Operação Lama Asfáltica da Polícia Federal e o processo aguarda julgamento pela Justiça de Mato Grosso do Sul.

Joesley preso, de novo

Joesley Batista e o ex-executivo da J&F, empresa controladora da JBS, Ricardo Saud, foram presos pela segunda vez pela Polícia Federal. A Operação Capitu, realizada em conjunto com a Receita Federal, investigava um esquema de pagamento de propinas a dirigentes do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) em troca de medidas para beneficiar as empresas do grupo JBS, segundo o G1. Joesley foi solto após três dias.

Wesley preso

Wesley Batista foi preso pela Polícia Federal na segunda fase da Operação Tendão de Aquiles, que investigava o uso de informações privilegiadas para obtenção de lucros no mercado financeiro. De acordo com o G1, isso se deu entre abril e maio de 2017, quando vieram a público detalhes do acordo de colaboração premiada firmado entre executivos da J&F e a Procuradoria-Geral da República (PGR). Wesley foi solto em 20 de fevereiro de 2018, por decisão do Superior Tribunal de Justiça.

Joesley preso

Joesley Batista foi preso pela primeira vez, junto a Ricardo Saud, ex-executivo da J&F, holding controladora da JBS. Segundo o G1, o estopim para as prisões foram áudios em que Joesley e Saud sugerem que um procurador da República estava ajudando nos seus acordos de delação feitos dentro da Operação Lava Jato. Joesley viria a ser solto meses depois.

Operação Tendão de Aquiles

A Polícia Federal e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) realizaram uma operação para apurar se a JBS fez uso indevido de informações privilegiadas para lucrar no mercado financeiro nos dias que antecederam a delação de Joesley e Wesley Batista. A Operação Tendão de Aquiles investigava se os executivos haviam praticado o crime de “insider trading” (negociação com informações privilegiadas), mas a CVM absolveu os empresários de todos os processos sobre o tema em 2023.

Joesley admite propinas

Em vídeo divulgado pelo G1, Joesley Batista admitiu que pagou cerca de R$ 400 milhões em propina a políticos, em casos que começaram com intervenções na diretoria do BNDES a partir de 2004 e, com o tempo, passaram a bancar campanhas eleitorais. Segundo Batista, esse valor se tratava de propina disfarçada de doação política. "Tem pagamento via oficial, caixa 1, via campanha política; tem via caixa 2; tem via dinheiro em espécie", disse Joesley em seu acordo de delação premiada decorrente das operações da Polícia Federal e investigações do Ministério Público Federal.

Operação Patmos

A Polícia Federal prendeu Andrea Neves, irmã e assessora do ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves, na Operação Patmos, conforme noticiado pelo G1. Segundo as investigações, ela teria pedido dinheiro a Joesley Batista em nome do irmão, para custear sua defesa milionária nas acusações da Operação Lava Jato. A apuração teve origem na delação premiada de Joesley, em que ele afirmava que Aécio havia solicitado R$ 2 milhões.

Joesley Day

A divulgação de gravações de Joesley Batista envolvendo o então presidente Michel Temer desencadeou uma crise política e uma forte queda na Bolsa de Valores, episódio que ficou conhecido como “Joesley Day”. Segundo as gravações, divulgadas pelo site do jornal O Globo, faziam parte de um acordo de delação premiada da Operação Lava Jato. Joesley e seu irmão, Wesley Batista, admitiram ter subornado quase 2 mil políticos e confessaram esquemas de corrupção, incluindo o pagamento de propinas no BNDES e influência sobre operações da Caixa Econômica Federal. Com a delação, que previa o pagamento de R$ 10,3 bilhões em 25 anos, ambos evitaram penas graves. Em 2023, o ministro Dias Toffoli suspendeu os pagamentos que ainda deveriam ser feitos pela empresa.

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