A JBS, gigante do agronegócio, lucra em cima do desmatamento da Amazônia, das emissões de metano e da influência nos sistemas políticos, tornando-se uma das maiores vilãs das mudanças climáticas.

Aqui nós te contamos como a JBS atropela leis, florestas e pessoas para dominar o mercado global de carne.

Antes de continuar

Antes de continuar

Cobre das lideranças globais o respeito pela Amazônia!

Para isso, é urgente que:

  • Assumam compromissos concretos pelo fim do desmatamento em todos os biomas, incluindo a Amazônia;
  • Garantam que povos indígenas e comunidades locais tenham acesso a recursos para que possam continuar protegendo e restaurando a floresta;
  • Regulem o fluxo do dinheiro e parem de financiar os destruidores da Amazônia.
A JBS promete... e não cumpre!

A JBS tem belos comerciais que mostram como sua operação é sustentável.

Na prática, a empresa tem assumido e descumprido promessas com frequência.

Todos os anos, novas investigações mostram que o combate ao desmatamento e à crise climática não parecem ser prioridade da empresa.

Veja algumas das promessas feitas, e não cumpridas, da JBS ao longo dos últimos anos.

Conheça quem realmente é a JBS e por que esta mega empresa não deve servir de exemplo de sustentabilidade.

Enquanto a JBS lucra, as florestas, o clima e todos nós pagamos a conta!

Assuntos
Anos

Doação para a posse de Trump

Problemas de governança do grupo

Segundo notícia do OGlobo, a Pilgrim’s Pride, empresa da JBS, foi revelada como sendo o maior doadora para a posse do Presidente Trump numa recente prestação de contas, com uma doação de 5 milhões de dólares – mais do que qualquer outra empresa, incluindo grandes empresas tecnológicas e financeiras. A ONG Mighty Earth reportou que a notícia foi divulgada poucos dias antes de a JBS ter confirmado que a SEC dos EUA tinha validado a sua proposta de cotar as ações na NYSE, apesar de as ONGs terem alertado os investidores para o fato de a nova estrutura da empresa passar 85% do controle dos votos para a família Batista, limitando seriamente as oportunidades de os acionistas minoritários dirigirem a empresa, incluindo em matéria de ESG.

Onças vs vacas

Impactos socioambientais

Segundo investigação da Global Witness, um único fornecedor da JBS destruiu ao longo de 10 anos mais de 1.200 hectares de habitat de onças-pintadas em uma área protegida no Brasil chamada APA Meandros do Araguaia. O relatório da Global Witness afirma que a fazenda autuada foi uma fornecedora indireta de gado da JBS, maior empresa de processamento de carne do mundo, entre 2019 e 2022. Segundo a organização, esta fazenda transportou gado para uma outra unidade do grupo, que então vendeu para as fornecedoras diretas da empresa em ao menos duas ocasiões.

Sistema repleto de lacunas

Compromissos|Impactos socioambientais

A JBS provavelmente não conseguirá cumprir seu compromisso emblemático de erradicar o desmatamento de sua cadeia de suprimentos na Amazônia até o final de 2025, conforme descrito em nova investigação do The Guardian, Repórter Brasil e Unearthed, a unidade de jornalismo investigativo do Greenpeace Reino Unido. A investigação é baseada em dezenas de entrevistas com produtores da vasta cadeia de suprimentos da JBS na Amazônia, incluindo um funcionário da JBS. Nas reportagens, os pecuaristas descreveram um sistema “repleto de lacunas”, com a maioria afirmando que uma cadeia de fornecimento rastreável e livre de desmatamento até o final deste ano era impossível de ser alcançada.

Trabalho escravo em granja de aves

Trabalho escravo

Uma granja de aves que abastecia uma unidade da Seara Alimentos, empresa do grupo JBS, manteve um trabalhador em condições análogas à escravidão, de acordo com a Repórter Brasil. Segundo a fiscalização do trabalho, o dono da granja teria se aproveitado da situação de vulnerabilidade do trabalhador para oferecer serviços apenas em troca de comida e alojamento.

Certificação retirada

Bem-estar animal

A RSPCA Austrália anunciou que a certificação ‘RSPCA Approved’ para salmão cultivado do Atlântico da empresa Huon Aquaculture, subsidiária da JBS, foi retirada após uma suspensão temporária inicial, e investigação subsequente, segundo informou a organização publicamente.

Peixes mortos

Bem-estar animal

Conforme noticiado pela Bob Brown Foundation, imagens registradas no sul da Tasmânia nas fazendas industriais da Huon Aquaculture, subsidiária da JBS, mostram peixes vivos sendo despejados em caixas junto a pilhas de salmões mortos, que são selados e deixados para sufocar. Também foram filmados pedaços apodrecidos de salmão escapando das estruturas das fazendas e se espalhando pelas águas.

Poluição de água

Impactos socioambientais

A JBS fez um acordo com o Ministério Público do Estado do Mato Grosso após poluir um curso d’água em Lucas do Rio Verde ao lançar efluentes não tratados da atividade de confinamento de gado. De acordo com o MPMT, a empresa também foi autuada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente por atuar sem licença ambiental e utilizar recursos hídricos para o lançamento de efluentes sem outorga. Devido à poluição, a JBS terá que pagar R$ 200 mil.

Mudança para os Países Baixos

Impactos socioambientais

O Greenpeace Internacional contestou a tentativa da JBS de ser listada na Bolsa de Valores de Nova Iorque e de transferir sua sede corporativa para os Países Baixos, devido aos vínculos da empresa com corrupção, desmatamento, emissões de gases de efeito estufa e violações de direitos humanos. Os advogados da organização enviaram uma carta à uma firma de advogados da Holanda com cópia aos reguladores holandeses.

Nova denúncia à SEC

Bem-estar animal

A Humane Society dos Estados Unidos fez um novo pedido à SEC, a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC), para investigação da JBS e da Pilgrim’s Pride, subsidiária da JBS nos Estados Unidos, por maus tratos a animais.

Manipulação de preços

Problemas de governança do grupo

A Pilgrim’s Pride, subsidiária da JBS nos Estados Unidos, conforme descrito em acordo, concordou em pagar US$ 41,5 milhões para encerrar uma ação coletiva de investidores que a acusavam de inflar artificialmente o preço de suas ações com declarações enganosas. Os acionistas acusaram a empresa de ocultar um esquema generalizado de fixação de preços para cobrar valores artificialmente elevados pelo frango.

Desistência de metas

Impactos socioambientais

O diretor global de sustentabilidade da JBS disse à Reuters que a meta de zerar as emissões da empresa até 2040 era apenas uma “aspiração” e que “nunca foi uma promessa de que a JBS realmente iria cumprir essa meta”. Em 2021, a empresa havia anunciado esse objetivo como um “compromisso” e uma “promessa”, mas conforme revelou a matéria, Jason Weller declarou que não se tratava de um compromisso formal.

Trabalho escravo na apanha

Trabalho escravo

Dez trabalhadores foram encontrados em condições análogas à escravidão pela fiscalização do trabalho em uma prestadora de serviços da JBS na cidade de Arvorezinha, no Rio Grande do Sul, de acordo com o Ministério Público do Trabalho (MPT). Os resgatados trabalhavam na apanha de frangos, a atividade de colocar frangos em caixas e carregá-las em caminhões. Segundo o MPT, eles foram encontrados em alojamentos precários e com alimentação escassa.

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Anos

Doação para a posse de Trump

Problemas de governança do grupo

Segundo notícia do OGlobo, a Pilgrim’s Pride, empresa da JBS, foi revelada como sendo o maior doadora para a posse do Presidente Trump numa recente prestação de contas, com uma doação de 5 milhões de dólares – mais do que qualquer outra empresa, incluindo grandes empresas tecnológicas e financeiras. A ONG Mighty Earth reportou que a notícia foi divulgada poucos dias antes de a JBS ter confirmado que a SEC dos EUA tinha validado a sua proposta de cotar as ações na NYSE, apesar de as ONGs terem alertado os investidores para o fato de a nova estrutura da empresa passar 85% do controle dos votos para a família Batista, limitando seriamente as oportunidades de os acionistas minoritários dirigirem a empresa, incluindo em matéria de ESG.

Onças vs vacas

Impactos socioambientais

Segundo investigação da Global Witness, um único fornecedor da JBS destruiu ao longo de 10 anos mais de 1.200 hectares de habitat de onças-pintadas em uma área protegida no Brasil chamada APA Meandros do Araguaia. O relatório da Global Witness afirma que a fazenda autuada foi uma fornecedora indireta de gado da JBS, maior empresa de processamento de carne do mundo, entre 2019 e 2022. Segundo a organização, esta fazenda transportou gado para uma outra unidade do grupo, que então vendeu para as fornecedoras diretas da empresa em ao menos duas ocasiões.

Sistema repleto de lacunas

Compromissos|Impactos socioambientais

A JBS provavelmente não conseguirá cumprir seu compromisso emblemático de erradicar o desmatamento de sua cadeia de suprimentos na Amazônia até o final de 2025, conforme descrito em nova investigação do The Guardian, Repórter Brasil e Unearthed, a unidade de jornalismo investigativo do Greenpeace Reino Unido. A investigação é baseada em dezenas de entrevistas com produtores da vasta cadeia de suprimentos da JBS na Amazônia, incluindo um funcionário da JBS. Nas reportagens, os pecuaristas descreveram um sistema “repleto de lacunas”, com a maioria afirmando que uma cadeia de fornecimento rastreável e livre de desmatamento até o final deste ano era impossível de ser alcançada.

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Os destruidores do clima e da natureza, bem como os seus facilitadores financeiros, devem ser melhor regulados, além de se tornarem alvo de responsabilização pelo dano que causam.

  • A SEC dos EUA não deve permitir que empresas como a JBS sejam cotadas na Bolsa de Valores de Nova Iorque, que dá acesso ao mercado financeiro global.

  • Os reguladores holandeses devem assegurar a devida diligência na prestação de serviços jurídicos a empresas com elevado risco de corrupção, como a JBS, e garantir que todas as empresas domiciliadas nos Países Baixos cumpram corretamente a legislação holandesa.
  • As instituições financeiras têm que cumprir com seu dever de devida diligência e rever os financiamentos e investimentos a estes agentes destrutivos do setor.

  • Governos devem regular urgentemente os setores agropecuário e financeiro para garantir seu alinhamento com o Acordo de Paris, o Marco Global da Biodiversidade e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, assegurando a transição para sistemas alimentares verdadeiramente sustentáveis e justos, o fim do desmatamento e a redução das emissões associadas à agropecuária, incluindo o metano.